Um dos grandes problemas dos detentores de empréstimos na actualidade é a dificuldade de levar a bom porto os compromissos assumidos face a infortúnios do presente como situações inerentes à redução subida de rendimento e semelhantes. Contudo, esse obstáculo não tem de lhe impedir o caminho se pretende subscrever um produto financeiro dessa natureza. Assim, havendo naturalmente condições económicas de o realizar, aderir a um crédito pode ser uma boa forma de atingir uma determinada finalidade, desde que sejam respeitadas algumas dicas essenciais. Nesse sentido, apresentamos agora especificamente dez conselhos fundamentais para quem pondera contratar um crédito pessoal.

1. Cuidado com a publicidade! Não são raros os casos em que as empresas realçam os valores residuais ou finais dos juros, remetendo para segundo plano o custo real associado a este tipo de encargos;

2. Na eventualidade de identificar condições extremamente atractivas certifique-se sempre da veracidade e legalidade das mesmas recorrendo, por exemplo, ao Banco de Portugal (BdP) e outras entidades que passam em revista a actividade das empresas a operarem em solo nacional neste sector;

3. Verifique, sem excepção, se a instituição financeira em questão tem estatuto adequado que lhe permita oferecer produtos e serviços na área de crédito bem como se existem reclamações ou queixas relatadas pelos seus clientes. Um bom ponto de partida é a ampla base de dados do BdP.

4. Recolha toda a informação possível acerca do crédito pessoal escolhido, preferencialmente com datas embutidas (imprima directamente das páginas online com cabeçalhos e rodapés já contendo tais referências), e analise a proposta de financiamento em si, comparando o que é anunciado e o contrato detalhado propriamente dito que lhe é entregue para assinatura;

5. Confirme as despesas relativas aos juros, comissões e outros custos, não deixando de fora gasto nenhum que subscrever o financiamento em causa possa acarretar. Esteja alerta para estes pormenores e esclareça dúvidas ou incoerências que existam;

6. Tenha em conta o facto de haver, na maioria dos casos, juros indexados a taxa fixa ou taxa variável. Por isso, estude a modalidade que lhe ofereça as vantagens mais significativas e não o empréstimo com as prestações menores, dado que isso implicará porventura um montante total imputado ao cliente (MTIC) acima dos demais, pois terá prazo de reembolso superior;

7. Confira as penalizações associadas à falta de pagamento dentro do período das entregas e o que é necessário cumprir para realizar amortizações antecipadas. Mesmo que tencione manter a devolução das verbas utilizadas em dia ou não tenha recursos para adiantar parte da quantia em dívida é importante saber o que e como fazê-lo para uma qualquer eventualidade;

8. Estude a possibilidade da subscrição de produtos ou serviços que atenuem as contrapartidas ligadas ao crédito pessoal seleccionado. Seguros e contas bancárias são apenas um exemplo disso e nem sempre representam um mau negócio. O que interessa é perceber se usufruirá do que contrata adicionalmente ou se está unicamente a ceder em algo desnecessário;

9. Solicite uma cópia do contrato assinado. Não só é um direito que lhe assiste, e um dever da entidade que o faculta, como é garantia do que foi contratualizado;

10. Leia o acordo antes de o firmar e não assuma que os termos do crédito pessoal são aqueles sucintamente referidos na altura em que lho estão a tentar vender. O princípio é a honestidade mas todos sabemos que hoje em dia a precaução é amiga do nosso futuro. Por isso, respeite-a.